Nacional
3-1
Benfica
Arrumados de vez...
Já sabendo que o Sporting empatara em Coimbra o Benfica entrou em campo com uma surpresa no onze. Impossibilitado de contar com Aimar esperava-se que tivesse entrado Di Maria mas Quique preferiu tirar Ruben Amorim do meio deslocando-o para a direita e fazendo entrar Katsouranis numa constituição de equipa medrosa.
O jogo decorreu equilibrado com poucos lances de perigo. Uma perda de bola incrível da defesa encarnada proporcionou a Alonso a primeirta oportunidade, mas este rematou ao lado. O Benfica viria a ter dum lance individual de David Luís a situação de maior perigo com Bracalli a fazer uma excelente defesa. Houve ainda cabeceamentos defeituosos de Nenê pelo Nacional e Cardozo pelo Benfica em jogadas que poderiam (e deveriam) ter sido melhor concluidas pelos "goleadores".
Na segunda parte o jogo parecia que ia pelo mesmo caminho com as equipas a demonstrarem mais medo de perder do que vontade de ganhar. Uma defesa (mais outra) de Bracalli a remate de Cardozo evitou o golo encarnado, enquanto Nené de longe também obrigara Quim a defesa com dificuldade.
Mal tinha Quique mexido na equipa, retirando Katsouranis para devolver Rúben Amorim ao meio e fazer entrar Di Maria, o Nacional adiantou-se no marcador: uma fugida pela esquerda sem oposição do meio campo encarnado e cruzamento de Alonso para Nenê no meio dos defesas (parados, sem hipótese de se fazerem ao lance) a cabecear demonstrando o motivo porque é o top goleador do campeonato.
O Benfica quiz acelerar o jogo e Nuno Gomes (58m) desperdiçou excelente ocasião para empatar. Quem não desperdiçou foi Rúben Micael que em remate de fora da área ampliou o marcador. A indefinição no resultado voltou passados quatro minutos numa assistência já em plena área de calcanhar de Carlos Martins para Reyes concluir. David Luís esteve perto de empatar ao rematar à barra (73'). Com o resultado indefinido e o Benfica a carregar passou Jorge Sousa a evidenciar o motivo porque o Benfica perde quase sempre quando ele apita. Aos jogadores do Nacional era permitido jogar andebol e fez vista grossa a Reyes carregado no limite da área.
Depois Quique fez o resto ao retirar Nuno Gomes - infeliz mas com presença na área- para entrar Urreta, em mais uma decisão incompreensível. Já em tempos de desconto o Nacional que jogava em contra-ataque marcaria o 3-1 por Miguel Fidalgo com Quim a ficar mal na fotografia ao não interceptar o cruzamento da direita...
Resta aos encarnados pensar na próxima época (e a ter de se empregarem para não perder o terceiro lugar, nesta época). Pela minha parte a primeira medida era dar um kick ao Quique, mas isso eu já teria dado logo no início da época... e se têm dúvidas basta lerem estas crónicas!
Estádio da Madeira, no Funchal
Árbitro Jorge Sousa (AF Porto)
Nacional: Bracalli; Patacas, Felipe Lopes, Maicon e Alonso; Cléber, Luís Alberto, Leandro Salino e Rúben Micael (João Aurélio, 77m); Mateus (Fabiano, 86m) e Nenê (Miguel Fidalgo, 89m).
Suplentes: Douglas, Halliche, Igor Pita e Bruno Amaro.
Treinador: Manuel Machado.
Benfica: Quim; Maxi Pereira, Miguel Vítor, Sidnei e David Luiz; Katsouranis (Di María, 55m), Rúben Amorim, Carlos Martins (Yebda, 79m) e Reyes; Nuno Gomes (Urreta, 82m) e Cardozo.
Suplentes: Moreira, Jorge Ribeiro, Binya e Balboa.
Treinador: Quique Flores.
Golos: Nenê (1-0, 57m); Rúben Micael (2-0, 64m); Reyes (2-1, 68m); Miguel Fidalgo (3-1, 90+3m).
Disciplina: Cartão amarelo para Leandro Salino (61m), Carlos Martins (70m), Miguel Vítor (86m).
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