A Revolução dos Cravos aconteceu há 35 anos. Tomei conhecimento (e despertei para a descoberta dos assuntos políticos) nesse dia, em plena aula de Química no Instituto Comercial do Porto onde estudava. Em plena aula prática estava eu a fazer uma experiência e pimba... o 25 de Abril estava em ebulição. A professora em tom grave anunciava que tinha havido um golpe de Estado e que os alunos podiam / deveriam ir para casa. No trajecto, aliás a não muita distância, na Rua do Heroísmo e Largo Soares dos Reis, milhares de pessoas e tanques se aglomeravam junto da ex-Pide, DGS, com gritos de Liberdade! Liberdade!
Passados 35 anos estamos tão ou mais "presos" quanto o apaixonado do poema "Ai Jesus!" de Álvares de Azevedo, que publicamos hoje no blog em homenagem ao poeta brasileiro falecido faz hoje 157 anos, mas por motivos muito menos nobres.
É a crise económica, é o desemprego, é a tristeza dos portugueses, é a agressividade do fisco, é o atropelo das garantias dos cidadãos perante o Estado, é o aumento das obrigações e a redução dos direitos, são os escandalos financeiros, as falhas da supervisão e do Governo, é a ineficiência dos Tribunais enquanto as custas aumentam, é os partidos que se degladiam em assuntos de "paternidade" das leis mal feitas em vez de cooperarem a resolver os problemas dos portugueses. São os escândalos dos políticos, dos autarcas, da corrupção (ou referências constantes à sua existência), da anormalidade das decisões desportivas (apitos dourados e quejandos e funcionamento anómalo das instituições), são os políticos que saem do governo para irem para altos cargos das empresas, são os administradores que saem das empresas públicas (com chorudas indemnizações ou reformas) para ir para os bancos privados...
O 25 de Abril foi (já) há 35 anos. Muitos - a nova geração - não o viveram. Outros o esqueceram. Como Manuel António Pina escreve na edição de ontem do JN: "Há 35 anos era a Revolução. Depois foi (é) o que se sabe. Diz Carlyle na sua "História da Revolução Francesa" que as revoluções são sonhadas por idealistas e realizadas por fanáticos, e quem delas se aproveita são os oportunistas de todas as espécies".
Passados 35 anos estamos tão ou mais "presos" quanto o apaixonado do poema "Ai Jesus!" de Álvares de Azevedo, que publicamos hoje no blog em homenagem ao poeta brasileiro falecido faz hoje 157 anos, mas por motivos muito menos nobres.
É a crise económica, é o desemprego, é a tristeza dos portugueses, é a agressividade do fisco, é o atropelo das garantias dos cidadãos perante o Estado, é o aumento das obrigações e a redução dos direitos, são os escandalos financeiros, as falhas da supervisão e do Governo, é a ineficiência dos Tribunais enquanto as custas aumentam, é os partidos que se degladiam em assuntos de "paternidade" das leis mal feitas em vez de cooperarem a resolver os problemas dos portugueses. São os escândalos dos políticos, dos autarcas, da corrupção (ou referências constantes à sua existência), da anormalidade das decisões desportivas (apitos dourados e quejandos e funcionamento anómalo das instituições), são os políticos que saem do governo para irem para altos cargos das empresas, são os administradores que saem das empresas públicas (com chorudas indemnizações ou reformas) para ir para os bancos privados...
O 25 de Abril foi (já) há 35 anos. Muitos - a nova geração - não o viveram. Outros o esqueceram. Como Manuel António Pina escreve na edição de ontem do JN: "Há 35 anos era a Revolução. Depois foi (é) o que se sabe. Diz Carlyle na sua "História da Revolução Francesa" que as revoluções são sonhadas por idealistas e realizadas por fanáticos, e quem delas se aproveita são os oportunistas de todas as espécies".
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