Versos, como os que escrevi,
outros escreverão.
Canções, como as que cantei,
outros cantarão.
Já me substituiu
artesão mais hábil
na oficina.
Outras bocas te revelarão
volúpia mais fina.
Tudo o que morrer comigo
em mais bela forma
o mundo verá.
Perdoem-me
pela parcela mínima
—porém única!—
que não se repetirá.
Cassiano Nunes (n. em Santos, 27 de abril de 1921 - m. Brasília 15 Out. 2007)
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