Pôr do Sol em Jacaré, 2008 imagem daqui
Num ai de luz profundo e soluçante,
Resvala ao mar o sol, como um guerreiro
Que, ferido d'um gladio traiçoeiro,
Na arena cae, vencido, agonisante.
Ó coração ferido e palpitante!
Sol! meu irmão na dor, meu companheiro!
Fez-nos irmãos o ideal, um altaneiro
Orgulho e uma amargura semelhante.
Mas ai! eu morro, solitariamente,
Sem que por mim chore a das tranças bellas,
E, ó Sol! na tua hora derradeira,
O mar soluça inconsolavelmente,
A noite verte o pranto das estrellas
E veste luto a natureza inteira.
(transcrito daqui)
Rodrigo Solano (n. 17 Mar. 1879 em Penafiel; m. no Porto em 1910)
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