Mon âme est malade de absences...
Murice Maeterlinck
Uma tarde tão triste; um céu de tanta bruma;
nem um adeus de sol pela planura rasa;
nem um rumor de canto, a alegria de uma asa,
tudo se esbate em sombra e em tristeza se esfuma.
E essa ausente não vem, para alumiar-me a casa
com o seu riso leal, que o meu ermo perfuma,
e aquelas suaves mãos - carne feita de pluma -
que atenuam a febre que meu corpo abrasa...
Como eu me sinto só, dentro do fim do dia!
Todo o meu coração é uma alcova sombria.
Tenho à boca o amargor de uma taça de fel.
E este abandono... Esta incertez que me aflige...
Ó Georges Rodembach! Ó meu Cisnes de Bruges!
Ó "Crepuscule Pluvieux" de Ephraim Mikhael!
Alceu de Freitas Wamosy (n. em Uruguaiana, Rio Grande do Sul (RS) a 14 de Fevereiro de 1895 — m. em Santana do Livramento (RS) a 13 de Set. de 1923)
Ler do mesmo autor, neste blog:
Noturno
Ária Antiga
Duas Almas
Sem comentários:
Enviar um comentário