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2008-11-20

Equipa de futebol ou grupo excursionista?


Brasil

6-2

Portugal






Vergonha nacional. Demita-se Sr. Carlos Queirós (o que já devia ter feito depois do empate com a Albânia)

Para quê comentar um jogo em que uma equipa ganha à outra por 6-2, durante boa parte do tempo se ouviu das bancadas olé... e em que o (suposto) melhor jogador do mundo só se viu em picardias? Perda de tempo...

Portugal aproveitou o facto de o Brasil ter dado cinco minutos de avanço e até inaugurou o marcador logo aos 4' mas bastava olhar para a constituição do onze (recuso-me a chamar equipa) para perceber que não podia funcionar bem. Não demorou muito tempo até que um brasileiro que joga no futebol espanhol e que é central da defesa portuguesa tenha oferecido o empate - os defesas do clube da minha terra tinham deitado a bola para fora em vez de querer fintar o avançado adversário - . Depois à medida que os minutos avançavam iam-se tornando nítidas e cada vez mais evidentes as diferenças. Uma «equipa» estruturada com bons jogadores , bom ritmo, contra um lote de jogadores dispersos, desorganizados e lentos (ou parados).

Mas que carga de água passou pela cabeça de Queirós em jogar sem avançado centro e com tantos avançados ? Com jogadores do meio campo em que nenhum defendia? Sem um trinco contra o Brasil? Será que uma casa só se faz com tijolos? Não precisa de cimento?

Absolutamente inacreditável, humilhante até... Os brasileiros chegavam à baliza portuguesa sem ninguém a estorvar, os remates-golo surgiam de qualquer sítio, ângulo e feitio. O guarda-redes português será que fez alguma defesa?

Um jogo que deixa o comum dos portugueses revoltado pela incompetência de quem ganha milhares de contos por mês, praticamente sem trabalhar... e que em poucos meses destruiu completamente uma das melhores selecções do Mundo (nos dias que correm nem em casa contra a Albânia com dez jogadores conseguiu ganhar e meteu o ponta de lança a dez minutos do fim!...).

Hoje ouvi na rádio uma paródia de que Portugal tinha um bom treinador adjunto (Carlos Queirós) mas que tinha de contratar um treinador principal... Isso foi antes do jogo. Eu diria que nem para meu adjunto queria Carlos Queirós perante tamanha cegueira tactica e estratégica.

Não tenho memória de Portugal ter sofrido cinco golos muito menos seis... o que significa que tal não ocorreu certamente nos últimos quarenta anos!

Dunga agradeceu. É claro que um jogo faz-se de duas equipas e o Brasil aproveitou com Luís Fabiano (3 golos - lembram-se dele no Porto em que «não dava uma para a caixa»?), Maicon e Elano a rubricarem grandes exibições. Mas a diferença valha-nos Deus não está nos jogadores porque todos jogam em grandes equipas mundiais. A diferença está na organização. E como sintoma disso deixo a pergunta. Portugal não tem um jogador com melhores características para ser capitão de equipa do que Cristiano Ronaldo? Basta olhar para a carruagem...

O árbitro até terminou o jogo ao minuto 90, sem dar descontos, apesar das substituições muitas na segunda parte e das interrupções de jogo por lesões e picardias...

Ficha do jogo:
Estádio Bezerrão, em Gama (Brasília)

Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai)

BRASIL – Júlio César; Maicon, Luisão, Thiago Silva e Cléber (Marcelo, 81 m); Gilberto Silva, Elano (Mancini, 75 m), Anderson (Josué, 80 m) e Kaká; Robinho (Alex, 82 m) e Luís Fabiano (Adriano, 67 m).

PORTUGAL – Quim; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Paulo Ferreira; Maniche (João Moutinho, 66 m), Deco e Tiago (Raul Meireles, 46 m); Danny (Nani, 46 m), Cristiano Ronaldo e Simão (Hugo Almeida, 76 m).

Ao intervalo: 2-1

Golos: 0-1, Danny (4 m); 1-1, Luís Fabiano (9 m); 2-1, Luís Fabiano (25 m); 3-1, Maicon (55 m); 4-1, Luís Fabiano (58 m); 4-2, Simão (62 m); 5-2, Elano (65 m); 6-2, Adriano (90 m).

Cartão amarelo a Danny, Elano, Maniche, Cristiano Ronaldo e Marcelo.

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