Sou este azul que me convida.
E transcrevo a paz, o sol dos dias.
E també, parto. E também ardo.
Depois disso desse suposto eu abreviado,
tão transparente e nítido, mas
tão transitivo
apenas gestos rasos que são cardos,
apenas pedras fundas que sao sombras,
pequenos meteoritos que são conchas
de deuses antiquissimos e cansados.
in Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea, Um panorama, Organização de Alberto da Costa e Silva e Alexei Bueno, Lacerda Editores
João Rui de Sousa (n. em Lisboa a 12 de Outubro de 1928
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