Páginas

2008-09-23

Para meu coração basta teu peito - Pablo Neruda (que desapareceu faz hoje 35 anos)

Photobucket

Para meu coração basta teu peito,
para tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a sua alma.

És em ti a ilusão de cada dia.
Como o orvalho tu chegas às corolas.
Minas o horizonte com a tua ausência.
Eternamente em fuga como a onda.

Eu disse que no vento ias cantando
como os pinheiros e como os mastros.
Como eles tu és alta e taciturna.
E ficas logo triste, como uma viagem.

Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.

in Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada,
Tradução de Fernando Assis Pacheco, Edições Dom Quixote

Pablo Neruda [Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto] (n. 12 Jul 1904, Parral, Chile; m. 23 Set 1973 em Santiago, Chile)

Ler este poema na versão original: Para mi corazón basta tu pecho

Mais poemas de Pablo Neruda:
Tonight I Can Write Saddest Lines
Puedo Escribir los versos mas tristes esta noche
Poema LXVI : Não te quero senão porque te quero
Poema 15: Me gustas cuando callas...
Poema 15: (em português) Gosto de ti calada...

Sem comentários:

Enviar um comentário