
É na maré dos teus olhos,
Que eu invento naufrágios de ternura.
É na maré dos teus olhos,
Que eu descubro a cor insensata das manhãs.
É na maré dos teus olhos,
Que eu assisto ao pôr-do-sol do meu desespero.
É na maré dos teus olhos,
Que eu navego em barcos feitos de espuma.
António Pires Vicente (n. em Bragança em 5 Set. 1963)
Este poema trouxe-me à lembrança o «Sei de um Rio» (embora neste seja a boca, não o olhar, que me põe a navegar... ai ai!) e que deixo aqui para ouvir uma vez mais, na voz de Camané.
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