Pela doce paciência de enfermeira
com que procuras encantar-me a vida,
renovando em minha alma a fé perdida
depois de morta a crença derradeira;
Pelo sorriso bom de companheira
que a novas esperanças me convida,
quando vejo, na estrada percorrida
dos meus sonhos a extinta sementeira;
Pela graça de irmã de Caridade
com que teu meigo afeto me persuade
de que lutar confiante é o meu dever;
Bendita sejas Flor de mansuetude,
em cujo seio, finalmente, pude
descansar a cabeça e adormecer...
Álvaro de Sá Castro Menezes nasceu em Niterói (RJ) em 3 de Junho de 1883 e faleceu no Rio de Janeiro a 7 de Março de 1920. Bacharelado em Direito, partiu para o Pará, onde foi professor e jornalista. De regresso ao Rio, veio a ser promotor público em Itaboraí e juiz municipal em Conceição de Duas Barras. Em 1918, trocou a magistratura pela cátedra de Economia Rural e Estatística na Escola Superior de Agricultura do Rio. Pertenceu ao grupo simbolista que fundou a revista «Rosa Cruz» (1901) e a sua principal obra é a «Estrada de Damasco» (1920).
Nota biobliográfica extraída de «A Circulatura do Quadrado - Alguns dos Mais Belos Sonetos de Poetas cuja Mátria é a Língua Portuguesa. Introdução, coordenação e notas de António Ruivo Mouzinho. Edições Unicepe - Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, 2004.
com que procuras encantar-me a vida,
renovando em minha alma a fé perdida
depois de morta a crença derradeira;
Pelo sorriso bom de companheira
que a novas esperanças me convida,
quando vejo, na estrada percorrida
dos meus sonhos a extinta sementeira;
Pela graça de irmã de Caridade
com que teu meigo afeto me persuade
de que lutar confiante é o meu dever;
Bendita sejas Flor de mansuetude,
em cujo seio, finalmente, pude
descansar a cabeça e adormecer...
Álvaro de Sá Castro Menezes nasceu em Niterói (RJ) em 3 de Junho de 1883 e faleceu no Rio de Janeiro a 7 de Março de 1920. Bacharelado em Direito, partiu para o Pará, onde foi professor e jornalista. De regresso ao Rio, veio a ser promotor público em Itaboraí e juiz municipal em Conceição de Duas Barras. Em 1918, trocou a magistratura pela cátedra de Economia Rural e Estatística na Escola Superior de Agricultura do Rio. Pertenceu ao grupo simbolista que fundou a revista «Rosa Cruz» (1901) e a sua principal obra é a «Estrada de Damasco» (1920).
Nota biobliográfica extraída de «A Circulatura do Quadrado - Alguns dos Mais Belos Sonetos de Poetas cuja Mátria é a Língua Portuguesa. Introdução, coordenação e notas de António Ruivo Mouzinho. Edições Unicepe - Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, 2004.
Do mesmo autor ler: Carmen sou eu... aqui me tens, bem perto
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