O frevo surgiu da tribo / da oca pernambucana / banhado nos raios de sol, / mamando caldo de cana / com berço na mata virgem / e no agreste bacana. / No frevo canta o povo / com seu hino arretado, / só freva quem sabe frevo / que tem tudo conquistado / fervendo o sangue nas veias / com tributo anotado.
O frevo nos diz: vem ferver comigo, fazendo passos o frevo nos diz, ciente bem dentro destes compassos pulando como guariba soltando risos devassos. O frevo nasceu no dia em que Olinda foi queimada quando o jugo holandês quis fazê-la escravizada mas o índio valoroso fez a tribo libertada (...) Aos nove de fevereiro do século que se passou um jornalista descobriu o que o povo inventou : uma dança diferente que o mundo admirou. No jornal dizia : o frevo é uma dança de maluco que pula, ferve, sacode os Brasis de Pernambuco, mas ele era nascido com sangue, fogo, trabuco. Por muito tempo, o frevo ficou no desconhecido porque sendo de um povo do povo foi escolhido agora, lhe dão 100 anos mas há muito foi nascido.
Abraão Batista (n. nasceu em Juazeiro do Norte, Ceará, em 4 de Abril de 1935).
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