Portugal demonstrava que podia competir com os campeões do Mundo. Demonstrava que tinha (tem?) no seu plantel aquele que certamente vai ser considerado em 2008 o melhor jogador do Mundo (se não tiver nenhuma lesão grave). Portugal criava a ilusão de que podia ganhar. Mas a realidade não é essa. A realidade é a falta de capacidade para estar concentrado na totalidade do tempo de jogo.
Foi assim que depois de uma entrada no jogo melhor da equipa italiana, Portugal a partir de meados da primeira parte passou a controlar o jogo a ter a posse de bola e a criar oportunidades de golo. Num livre Cristiano Ronaldo obrigou Amelia a fazer uma boa defesa. Makukula a rematar de surpresa ligeiramente ao lado e a maior de todas já aos 45' num contra-ataque comandado por Quaresma em que a superioridade era dos avançados mas em que o passe para Cristiano Ronaldo foi demasiado puxado para a direita a impedir o remate vitorioso, a solução foi um centro para um defesa italiano já refeito tirar o perigo.
Pois se o 0-0 que se perspectivava ao intervalo já sabia um pouco a insatisfação o pior veio a seguir no minuto de compensação que o árbitro concedeu. Cruzamento rasteiro da esquerda de Grosso, parecia inofensivo, mas os jogadores jogadores limitaram-se a ir deixando passar a bola, um (Petit) o outro (Ricardo) e claro o cruzamento acabou por ser longo (por falta de intersepção) e Luca Toni atirou para a baliza.
No início da segunda parte foi o desacerto total. Depois de uma grande oportunidade que não deu em golo os italianos chegaram ao segundo após deficiente corte de Maniche, Pilro rematou a bola ressaltou e foi para o fundo da baliza portuguesa. A perder 2-0 Portugal esteve perto da derrocada total. Ricardo, com culpas no primeiro golo, safou o terceiro ao defender desviando a bola que ainda bateu na barra. Da aparencia de poder jogar taco-a-taco com a Itália , Portugal passou a estar a um passo do abismo.
As substituições melhoraram a Itália e pioraram Portugal.
A meio da segunda parte Portugal voltou ao (aparente?) equilíbrio e Quaresma a aproveitar um centro para o meio da área de Nani que ninguém afastou para reduzir a diferença. O resultado ficava menos pesado mas um minuto depois os italianos andaram a «passear» dentro da área portuguesa com vários jogadores a tocarem na bola perante o desacerto posicional da defesa portuguesa até ao golo final de Quagliarella, que entrara um minuto antes a substiuir Paladino.
Afinal um resultado que não deixa dúvidas. Esqueçam as aspirações a ser candidato ao título europeu. Portugal não tem eficácia e concentração para equipas como a Itália e França, pelo menos...
A arbitragem esteve bem ainda que se o jogo não fosse Portugal teria havido uns «amerelinhos»
Estádio Letzigrund, em Zurique (Suíça)
Hora: 19.45
Árbitro: Sascha Kever (Suíça)
PORTUGAL: Ricardo, Bosingwa (Jorge Ribeiro 69'), Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Caneira (Paulo Ferreira ao int.); Petit (F. Meira ao int.), Maniche (Raul Meireles 62') e Deco (Nani ao int.); Ronaldo, Quaresma e Makukula (Hugo Almeida 57').
Treinador: Luiz Felipe Scolari.
ITÁLIA: Amelia, Oddo (Cassetti 81'), Barzagli (Gamberini aos 53'), Cannavaro e Zambrotta (Grosso 29'); Pirlo, Ambrosini, De Rossi (Perrotta 53') e Palladino (Quagliarella 77'); Di Natale e Toni (Marco Borriello 71').
Treinador:Roberto Donadoni
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