"Há de ser uma estrada de amarguras
a tua vida. E andá-la-ás sozinho,
vendo sempre fugir o que procuras"
disse-me um dia um pálido advinho.
"No entanto, sempre hás de cantar venturas
que jamais encontraste... O teu caminho,
dirás que é cheio de alegrias puras,
de horas boas, de beijos, de carinho..."
E assim tem sido... Escondo os meus lamentos:
É meu destino suportar sorrindo
as desventuras e os padecimentos.
E no mundo hei de andar, neste desgosto,
a mentir ao meu íntimo, cobrindo
os sinais destas lágrimas no rosto!
Humberto de Campos (n. Miritiba,25 Out 1886; m. Rio de Janeiro, 5 Dez 1934)
Ler neste blog, do mesmo autor: Tuas Cartas rasguei ; Semente do Deserto; No trem
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