Estranha Forma de Vida
Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.
Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.
Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.
Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes onde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.
poema da autoria de Amália Rodrigues (n. 23 Jul 1920 *em Lisboa, m. a 6 Out 1999 em Lisboa)
*Data que consta dos documentos oficiais. Amália sempre defendeu que nascera em 1 de Julho de 1920.
Ouça música de Amália:
Estranha forma de vida
Barco Negro
Eu queria cantar-te um fado
Foi Deus
Solidão (Canção do Mar)
Ouvir mais fados de Amália aqui (link externo)
foto de Carlos Paredes em actuação
Cantiga de Maio
Carlos Paredes (n. em Coimbra a 16 de Fev. de 1925; m. em Lisboa a 23 de Jul de 2004)
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