Malditos poetas, que disseram tudo
e tudo tão bem dito!
Malditos poetas, que me deixam mudo,
sem um ai, uma súplica ou um grito!
Raios os partam, cada qual maldito!
Malditos, que roçaram no seu voo,
com asas de veludo
o infinito!
Malditos poetas: Eu os abençoo...
Adolfo Simões Müller (n. em Lisboa 18 Ago 1909, m. 17 Abr 1989)
Ver do mesmo autor:
Quando eu era pequenino
O mistério da palavra
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