Na efeméride do nascimento de Alexandre O'Neill
(...) Se eu pudesse dizer-te: - Senta aqui
nos meus joelhos, deixa-me alisar-te,
ó amável bichinho, o pêlo fino;
depois, a contra-pêlo, provocar-te!
Se eu pudesse juntar no mesmo fio
(infinito colar!) cada arrepio
que aos viageiros comprazidos dedos
fizesse descobrir novos enredos!
Se eu pudesse fechar-te nesta mão,
tecedeira fiel de tantas linhas,
de tanto enredo imaginário, vão,
e incitar alguém: - Vê se adivinhas...
Então um fértil jogo de amor seria.
Não este descerrar a mão vazia !
(...)
Poema dedicado a Nora Mitrani
Alexandre Manuel Vahia de Castro O'Neill de Bulhões (n. em Lisboa a 19 Dez 1924; m. 21 Ago 1986).
Ler também neste blog os poemas excepcionais: Gaivota; Há palavras que nos beijam
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