Hoje assisti à primeira apresentação de Mariza no Coliseu do Porto. Foi acompanhada pela Sinfonietta de Lisboa dirigida por Jaques Morelenbaum.
Gostei. Admito que algumas interpretações melhoram ao vivo - «Transparente» com as percussões ao ritmo africano foi muito bem conseguida - e outras não
O Coliseu rendeu-se à voz e porque não à figura de Mariza. As suas músicas mais conhecidas (Cavaleiro Monge, por exemplo) foram sublinhadas por vastos aplausos.
No final Mariza teve de prolongar a sua actuação por mais tempo do que o habitual face às ovações do público que pela sua insistencia quase extravasou a fronteira da cortesia. Mariza transformou o Coliseu numa taverna antiga aconchegada, descendo do palco, emocionou-se ... e falou com o público.
Foi um muito bom espectáculo. Ah! Mas está descansada Mariza que não vais levar tau-tau, nós prometemos, por isso não vamos contar o segredo que nos confiastes.
Há uma música do povo,
Nem sei dizer se é um fado
Que ouvindo-a há um ritmo novo
No ser que tenho guardado...
Ouvindo-a sou quem seria
Se desejar fosse ser...
É uma simples melodia
Das que se aprendem a viver...
E ouço-a embalado e sozinho...
É isso mesmo que eu quis ...
Perdi a fé e o caminho...
Quem não fui é que é feliz.
Mas é tão consoladora
A vaga e triste canção ...
Que a minha alma já não chora
Nem eu tenho coração ...
Sou uma emoção estrangeira,
Um erro de sonho ido...
Canto de qualquer maneira
E acabo com um sentido!
Foi um muito bom espectáculo. Ah! Mas está descansada Mariza que não vais levar tau-tau, nós prometemos, por isso não vamos contar o segredo que nos confiastes.
Há uma música do povo,
Nem sei dizer se é um fado
Que ouvindo-a há um ritmo novo
No ser que tenho guardado...
Ouvindo-a sou quem seria
Se desejar fosse ser...
É uma simples melodia
Das que se aprendem a viver...
E ouço-a embalado e sozinho...
É isso mesmo que eu quis ...
Perdi a fé e o caminho...
Quem não fui é que é feliz.
Mas é tão consoladora
A vaga e triste canção ...
Que a minha alma já não chora
Nem eu tenho coração ...
Sou uma emoção estrangeira,
Um erro de sonho ido...
Canto de qualquer maneira
E acabo com um sentido!
Letra de Fernando Pessoa
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