Oh minha mãe não entendo
- Pois sempre fui como sou -
Esta saudade em que vivo,
Que sempre me namorou.
Na confusão da memória
As minhas horas passadas
Ainda me deixam mais triste...
Pois são desgraçadas!...
Não, minha Mãe, não entendo
Esta canção peregrina
Que fala à minha desgraça
Duma ventura divina.
E embora eu não nas entenda,
Vão-me a esperança embalando
Lembranças de não sei onde,
Saudades de não sei quando...
Guilherme de Faria (Guimarães 1907 -1929)
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