Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Encontro-me parado...
Olho em meu redor e vejo inacabado
O meu mundo melhor.
Tanto tempo perdido...
Com que saudade o lembro e o bendigo:
Campo de flôres
E silvas...
Fonte da vida fui. Medito. Ordeno.
Penso o futuro a haver
E sigo deslumbrado o pensamento
Que se descobre.
Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Desterrado,
Desterrado prossigo,
E sonho-me sem Pátria e sem Amigos,
Adrede...
Rui Vaz Monteiro Gomes Cinatti (n. em Londres, 8 Mar 1915; m. em Lisboa a 12 Out 1986)
Ler do mesmo autor: Quando o amor morrer
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