Porque é que Adeus me disseste
Ontem e não noutro dia,
Se os beijos que, ontem, me deste
Deixaram a noite fria?
Para quê voltar atrás
A uma esperança perdida?
As horas boas são más
Quando chega a despedida.
Meu coração já não sente.
Sei lá bem se já te vi!
Lembro-me de tanta gente
Que nem me lembro de ti.
Quem és tu que mal existes?
Entre nós, tudo acabou.
Mas pelos meus olhos tristes
Poderás saber quem sou!
Pedro Homem de Mello (n. Porto, 6 de Set 1904, m. 5 Mar 1984)
Fandangueiro (1971) In Poesias Escolhidas
Lisboa, INCM, 1983
Ler do mesmo autor, neste blog:
Não choreis os mortos
Revelação
Povo que lavas no rio
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