O poema ensina a cair
sobre vários solos
desde perder o chão repentino sob os pés
como se perde os sentidos numa
queda de amor,ao encontro
do cabo onde a terra abate e
a fecunda ausência excede
até à queda vinda
da lenta volúpia de cair,
quando a face atinge o solo
numa curva delgada subtil
uma vénia a ninguém de especial
ou especialmente a nós uma homenagem
póstuma.
in Os poemas da minha vida - Marcelo Rebelo de Sousa - Público, pg. 140
Luiza Neto Jorge (n. Lisboa 10 Maio 1939, m. Lisboa a 23 Fev 1989)
Ler da mesma autora, neste blog: A magnólia
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