Relembrando Natália Correia na efeméride da sua morte (16.Mar. 1993) deixo aqui um poema, no seu tom irónico, a propósito da afirmação do deputado João Morgado (CDS) na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982 : «O acto sexual é para fazer filhos».
Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.
O deputado ficou indignado vindo a corrigir que tinha dois filhos ao que Natália retorquiu que era substituir "truca-truca" por "truca-truca, truca-truca" . De facto, as sessões da nossa Assembleia da República também são uma boa fonte de humor.
Natália Correia (n. 13 Set 1923, Fajã de Baixo. Ilha de S. Miguel, Açores; m. 16 Mar 1993 em Lisboa)
Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.
O deputado ficou indignado vindo a corrigir que tinha dois filhos ao que Natália retorquiu que era substituir "truca-truca" por "truca-truca, truca-truca" . De facto, as sessões da nossa Assembleia da República também são uma boa fonte de humor.
Natália Correia (n. 13 Set 1923, Fajã de Baixo. Ilha de S. Miguel, Açores; m. 16 Mar 1993 em Lisboa)
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