Li uma vez em páginas antigas
Que, se uma estrela cai do céu clemente,
Concede tudo o que lhe pede a gente.
Como as estrelas são nossas amigas
Por isso, agora, insone e sem fadigas,
Fito os céus toda a noite atentamente.
Chovem estrelas… E eu: - Astro fulgente,
Quero que eterno o nosso amor predigas!
- Faze-me bom! Conserva-lhe a doçura!
- Estrela, dá-nos paz, serenidade!
- Que a nossa filha seja linda e pura!
Doiradas ambições! Como dizê-las,
Se elas são tantas? Deus por piedade,
Manda que caiam todas as estrelas!
In A Circulatura do Quadrado: Alguns dos Mais Belos Sonetos de Poetas cuja Mátria é a Língua Portuguesa – Edições Unicepe 2004
Marcelo Gama (n. Mostardas, RS, a 3 Mar 1878; m. Rio de Janeiro a 7 Mar 1915)
Sem comentários:
Enviar um comentário