Gil Vicente 1 - 3 Benfica
Boa assistencia em Barcelos para ver o Benfica que motivado pela falange de apoio e principalmente pela recuperação pontual face ao líder do Campeonato, desde o princípio de jogo tomou a iniciativa do jogo. No entanto foi o Gil Vicente que chegou à vantagem ao minuto 9' quando uma jogada individual de Carlitos finaliza com um toque (negligente de Simão Sabrosa) nas costas do avançado gilista e consequente penalty convertido por Nandinho.
Não houve muito tempo, contudo, para nos apercebermo-nos do crescimento das dificuldades do Benfica porque cedo o empate foi reposto e também de penalty. Desta vez um cruzamento da esquerda de Nélson com um corte defeituoso do central Marco António e desvio com o braço na bola, sancionado por Paulo Baptista. Simão Sabrosa fez o empate aos 16'.
O jogo decorreu com grande intensidade e boa movimentação e foi numa jogada com mudanças de posições sucessivas dos jogadores do Benfica que foi gerado o 1-2. Desmarcação pela direita de Nuno Gomes que recebe o passe de Petit e cruzamento atrasado para a finalização de Geovanni. Um grande golo com o avançado brasileiro a aparecer no meio no lugar mais frequentemente adoptado por Manduca enquanto este também não raramente ocupou posições na direita na posição mais frequentemente ocupada por Geovanni.
De facto, parece-nos que as aquisições recentes do Benfica têm o mérito de conceder à equipa mais maleabilidade ou flexibilidade de jogo permitindo esquemas tacticos menos rígidos do que os adoptados até então.
Na segunda parte o Gil Vicente entrou muito bem (agora com Rodolfo Lima em vez de Gouveia) a forçar o ataque e dispôs logo no recomeço de uma boa oportunidade para o 2-2 numa jogada também muito bem concebida com um "pivot " a conceder a oportunidade de remate de um jogador à entrada da área mas com a bola a sair por cima da barra desviada por um defesa visitante.
O resultado do jogo estava em aberto quando um passe de Marcos António para o guarda-redes deu o 1-3 (aos 55') depois de um falhanço clamoroso de Jorge Baptista que impetuoso a querer chutar a bola não lhe acertou acabando esta no fundo da baliza. Um golo caricato que parecia antever um «passeio» do Benfica até ao fim do jogo.
Puro engano. O Gil Vicente com outra substituição (entrada de Luis Coentrão para o lugar de Roversio, enquanto no Benfica entrava Laurent Robert para o lugar de Manduca) teve uma reacção enérgica e o 2-3 esteve para acontecer, principalmente quando na marcação de um livre de Nandinho, Carlos Carneiro de cabeça desviou a bola literalmente para o poste mais longe da baliza com Moretto batido.
As substituições de Manduca por Laurent Robert e mais tarde de Geovanni por Marco Ferreira não melhoraram a equipa do Benfica, mas se o 2-3 esteve iminente também Nuno Gomes teve oportunidade (por mais de uma vez para fazer o 4º. golo encarnado.
A arbitragem pareceu-nos bem num jogo complicado. Teve um critério estrito de marcar as faltas e não abusou dos cartões aliás num jogo em que o comportamento dos jogadores foi quase exemplar.
Estádio de Barcelos. 8.612 espectadores
Árbitro: Paulo Baptista; Aux: - Luís Tavares e Vitor Silva
GIL VICENTE - Jorge Baptista; Nandinho, Marcos António, Rovérsio (Luis Coentrão aos 65') e Gregory; Elias e Bruno Tiago (Braima aos 82'); Carlitos, Gouveia (Rodolfo Lima aos 46') e Williams; Carlos Carneiro.
BENFICA - Moretto; Alcides, Anderson, Luisão e Nélson; Manuel Fernandes e Petit; Geovanni (Marco Ferreira aos 73'), Manduca (Laurent Robert aos 65') e Simão (Karagounis aos 89'); Nuno Gomes.
Golos: 1-0 Nandinho aos 9' de penalty; 1-1 Simão Sabrosa aos 16' de penalty; 1-2 Geovanni aos 35'; 1-3 Marcos Antonio na p. b.
8' Cartão amarelo para Simão (Benfica), por empurrar Carlitos no lance do penalty
11' Cartão amarelo para Gouveia (Gil Vicente), por falta sobre Simão
16' Cartão amarelo para Marcos António no lance do penalty.
Cartão amarelo para Manuel Fernandes (Benfica).
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