Portugal 2 - 1 Switzerland
Custou, sofremos ... mas a festa final foi nossa
Em jogo que assistimos ao vivo no Estádio do Bessa, sofremos a valer, mas a festa final foi nossa. Já sabíamos que não seria facilmente que Portugal se apuraria, não obstante a categoria da nossa selecção patenteada, designadamente, na fase de grupos. O jogo da 1ª. mão, a pressão e agressividade dos suiços demonstrada no jofgo em casa nunca faria adivinhar facilidades. Porém ... no final da 1ª. parte a decepção dos portugueses era bem grande. A Suiça tinha sido totalmente dominadora num jogo em que estávamos em casa. A selecção portuguesa de sub-21, tinha sido muito sub, em vários (todos?) os aspectos. Parecemos parados face à velocidade dos suíços, parecemos sempre hesitantes na abordagem dos lances face à disponibilidade e voluntariedade suiça e parecemos sempre muito pequeninos ( a excepção era Hugo Almeida) face ao poderio físico dos suiços e o jogador português que melhor papel havia desempenhado tinha sido ... o guarda-redes. Aos 20' por Degen havia sido inaugurado o marcador e ao intervalo o resultado de 0-1 era perfeitamente justo.
A nossa esperança é que ao intervalo o sermão do treinador adiantasse alguma coisa. Todavia, todos sabíamos que estávamos numa situação incómoda. Precisávamos de um golo (um só) para empatar, mas caso sofressemos o 2º. precisaríamos de três e tal projecto gigantesco parecia inverosímel.
Pois na 2ª. parte logo no recomeço aparecemos com dois "novos" jogadores: Varela para 2º. ponta de lança e Diogo Valente para a esquerda. Nuno Morais e Hugo Viana foram os sacrificados. Não foi preciso muito tempo para perceber que os suiços não tinham a mesma disponibilidade física para discutir os lances. Os espaços apareciam e agora com homens na frente (o apoio de Varela a Hugo Almeida foi fundamental no desfecho do jogo) o futebol mais directo com lançamentos longos aparecia e surpresa, face à 1ª. parte, ganhávamos os lances. Num cruzamento da esquerda, Hugo Almeida surgiu desmarcado em plena área suiça e com um cabeceamento cruzado para a direita da baliza suiça fez esvoaçar os cachecóis verde-rubro-amarelos distribuidos gratuitamente ao público à entrada do estádio. O empate estava restabelecido aos
54'. Afinal nem custara muito. Pois o delírio de cerca de 20.000 espectadores aconteceu aos 61'. Mais um lançamento comprido desta vez para a área central um domínio perfeito de Varela que se isola e remate vitorioso para a reviravolta no marcador.
Bem ainda faltam 29' e os suiços ainda têm três suibstituições para fazer, comentava um espectador ao nosso lado! Pois é, o mal seria se Portugal passasse de novo a defender uma vantagem tangencial. Não aconteceu. Os suiços fizeram as substituições e tentaram o ataque, mas Portugal não recuou demais. Aliás Portugal passou a ter todo o meio-campo suíço, quase deserto nos últimos dez minutos para em jogadas trápidas desferir o golpe fatal. Teve várias hipóteses para fazê-lo. Numa delas a bola entrou mesmo na baliza suiça em lance que não estamos em condições de ajuizar se o finalizador português (numa jogada de dois contra um) estava em fora de jogo assinalado pelo auxiliar.
A capacidade física suiça não durara o tempo suficiente para fazer perigar a vantagem lusa e no final a festa foi nossa.
Sobre a arbitragem contestámos na parte final do 1º tempo mesmo no nosso enfiamento dois foras de jogo assinalados a Hugo Almeida (os protestos valeram-lhe o cartão amarelo - nós teríamos visto o vermelho tal a reacção que tivemos face à decisão do juiz auxiliar!) e num corte de pé em riste à entrada da área suiça quando João Moutinho preparava o remate. Na 2ª. parte admirámo-nos com algumas decisões favoráveis à equipa das quinas quando pensávamos que o reatamento pertenceria aos suíços e pareceu-nos exagerado um amarelo mostrado a um suiço que caiu na nossa área, mais por incapacidade do que por simulação de penalty. De qualquer modo não seria pelo árbitro quer perderíamos, não foi pelo árbitro que ganhámos.
Estádio do Bessa, no Porto
Árbitro: Espen Berntsen (Noruega)
PORTUGAL – Bruno Vale; Filipe Oliveira, José Castro, Semedo e Vítor Rodrigues; Nuno Morais (Diogo Valente, 46 m) e Raul Meireles; Ricardo Quaresma (Paulo Sérgio, 87 m), João Moutinho e Hugo Viana (Varela, 46 m); Hugo Almeida.
SUÍÇA – Diego Benaglio; Lichtsteiner (Sutter, 71 m), Rochat, Von Bergen e Buhler; Callà (Tsimba, 81 m) e Dzemaili; Salatic, Ziegler (Zambrella, 74 m) e Chiumento; Deger.
Ao intervalo: 0-1
Golos: 0-1, Degen (20 m); 1-1, Hugo Almeida (54 m); 2-1, Varela (61 m).
Resultado final: 2-1 (1-1 no jogo da primeira mão).
Portugal apurado para a fase final do Europeu de sub-21, a realizar no próximo ano.
Cartão amarelo a Hugo Almeida, Chiumento, Raul Meireles, Callà, Lichtsteiner, Varela, Degen e Bruno Vale.
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