Tinha quarenta e cinco... e eu, dezasseis...
Na minha fronte, indómitos anéis
Vinham da infância, saltitando ainda.
Contavam dela: — Já falou a reis!
Tinha quarenta e cinco... e eu, dezesseis...
Formosa? Não. Mais que formosa: linda.
Seu olhar diz: Seja o que o Amor quiser
A verdade planta que os meus dedos tomem!
Pela última vez foste mulher...
E eu, pela vez primeira, fui um homem
Pedro Homem de Mello (n. 06-Set-1904 ; m. 05-Mar-1984)
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