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2005-09-12

O país que somos / temos ...

Caso sério. Mais um exemplo da saúde em Portugal


Um homem, português, acordou um dia com um problema no olho direito. Pareceu-lhe grave. Deslocou-se ao Hospital **** (16 Abril 2005). Diagnóstico: deslocamento de retina. Só poderá recuperar com operação. Segundo a opinião do oftalmologista a situação é grave e urgente. Mas a lista de espera é muito grande: talvez 6 meses a um ano. O nosso amigo fica abismado, pois uma situação destas requer internamento imediato. Qual a solução que veio da boca do médico? A existência de um bom especialista em Setúbal, que ele próprio conhecia. Lá vai o homem à consulta do referido especialista que lhe confirma o diagnóstico: tem que ser operado. Eu levo 3.000 euros por operar, mais 3.000 para a clínica e assistentes. TOTAL: 6.000 euros (1.200 contos). Por esta consulta desembolsou 60 euros. Por achar este orçamento brutal, resolve marcar consulta para uma clínica em Badajoz. Devido à urgência do caso, marcam-lha para o dia seguinte. É atendido meia hora depois de ter chegado. Confirmam-lhe o diagnóstico. O especialista diz não haver tempo a perder, não tem datas livres, por isso vai ter de adiar operações menos urgentes para poder encaixar a dele. Volta passado 10 minutos, com a data da operação: AMANHÃ ás 17 horas. São 1.200 euros (240 contos). Custo da consulta: 35 euros. A operação foi um um êxito! Nos 30 dias seguintes e sempre que sedeslocou à Clínica, não pagou mais nada. Comentários?

(Caso denunciado no Boletim Informativo do Clube de Campismo do Concelho de Almada, datado de Junho de 2005. Apenas por razões de confidencialidade omite-se o nome do doente e do Hospital).

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