Quis-te tanto que gostei de mim!
Tu eras a que não serás sem mim!
Vivias de eu viver para ti
e mataste a vida que te dei
por não seres como eu te queria.
Eu vivia em ti o que eu em ti eu via.
E aquela que não será sem mim
tu viste-a como eu
e talvez para ti também
a única mulher que eu vi!
José de Almada Negreiros, n. 1893 - m. 15 Junho 1970
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