A vida é feita de nadas
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento;
De casas de moradia
Caídas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;
De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu pai erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha.
S. Martinho de Anta, 30 de Abril de 1937
Miguel Torga
1 comentário:
Que singeleza. Que tranquilidade.
Que beleza. Que liberdade.
Que pureza. Que saudade!...
Fernando
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