Um golo aos 6' por Adriano com intervenção ainda dum defesa portista colocou os milaneses em vantagem, mas a vida do Porto não mudava extraordinariamente por isso. No fundo o Porto tinha sempre que marcar um golo e assim continuava. Não podia era sofrer mais. O jogo na primeira parte passou então por uma fase como de "pacto de não agressão". Sem velocidade, sem remates à baliza. Sem perigo. Estratégia que até podia servir ambas as equipas. Todavia, deu para perceber que não estavamos perante um grande Porto e aquele Porto dificilmente podia ganhar a eliminatória. Muitos passes transviados e cinco defesas (três centrais) que nem assim bastavam para contrariar as oportunidades que o Inter passou a criar nos últimos minutos da primeira parte.
Na segunda o treinador do Porto mexeu na equipa. Entrou Quaresma para o lugar de Claúdio. O jogo passou a ter mais interesse com o Porto a usar uma estratégia de fora de jogo, mas o Inter em jogadas que procuravam explorar esse factor criava mais perigo . Aos 61' surgia o 2-0 por Adriano após assistencia de Cruz. Só então Couceiro desfazia o quinteto defensivo, fazendo entrar Hélder Postiga para o lugar de Ricardo Costa.
Aos 70' o Porto chegou ao 2-1 na marcação de um canto, Jorge Costa que já antes da marcação importunava Toldo, conseguiu dar o toque fatal mesmo já no chão à segunda após ter falhado a emenda à primeira. A eliminatória estava em aberto. Porém, foi aqui que o Porto mais desiludiu. Em vez de se aguardar um Inter nervoso (mais um golo para o Porto dava-lhe a passagem) e o Porto a pressionar a defesa local na busca do empate, não mais o Porto importunou. Déficit organizativo do meio campo do Porto, passes falhados e o Inter a criar oportunidade atrás de oportunidade. Um remate em boa posição cruzado ao lado, a seguir explorando o fora de jogo vários "italianos" se isolam e falham uma oportunidade incrível, salva aliás "in-extremis" por Pedro Emanuel.
Nada adiantou o Porto não atacava, Toldo não era incomodado e o 3-1 veio a surgir sem surpresas e pelo mesmo Adriano que teve tempo para tudo.
Havia esperança mas a actual forma do Porto já fazia suspeitar este desfecho. Não houve surpresa. A grande equipa europeia do FC Porto das duas últimas épocas foi desfeita muito rápidamente. Falta saber quantos anos (ou décadas?) são necessários para construir outra.
Sem comentários:
Enviar um comentário