Por que não cai a noite, de uma vez?
— Custa viver assim aos encontrões!
Já sei de cor os passos que me cercam,
o silêncio que pede pelas ruas,
e o desenho de todos os portões.
Por que não cai a noite, de uma vez?
— Irritam-me estas horas penduradas
como frutos maduros que não tombam.
(E dentro em mim, ninguém vem desfazer
o novelo das tardes enroladas.)
— Custa viver assim aos encontrões!
Já sei de cor os passos que me cercam,
o silêncio que pede pelas ruas,
e o desenho de todos os portões.
Por que não cai a noite, de uma vez?
— Irritam-me estas horas penduradas
como frutos maduros que não tombam.
(E dentro em mim, ninguém vem desfazer
o novelo das tardes enroladas.)
Maria Alberta Rovisco Garcia Menéres de Melo e Castro nasceu em Mafamude, Vila Nova de Gaia a 25 de Agosto de 1930.
Ler da mesma autoria:
Água-Memória
Entre a sombra e a noite
Por entre o crepitar dos automóveis
Os dois irmãos
1 comentário:
Wow! Maria Alberta era uma vampirinha? Qual o problema da noite cair devagarinho... Será que eu entendi direito? (rs*)
Boa semana!!
Beijus,
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