Era noite; e por encanto
Eu nasci, raiou o Dia.
Sentiu meu pai que era Santo,
Minha mãe, Virgem-Maria
As palhinhas de Belém
Me serviram de mantéu;
Mas minha mãe, por ser Mãe,
É a Rainha do Céu.
Nem há graça embaladora,
Como a de mãe, quando cria;
É como Nossa Senhora,
Mãe de Deus, Ave-Maria!
Está no Céu o menino,
Quando sua mãe o embala.
Ouve-se o coro divino
Dos anjos, a acompanhá-la.
Como num altar de ermida,
Ando no teu coração;
Para ti sou mais que a vida
E trago o mundo na mão.
Não sei de pais, em verdade,
Mais pobrezinhos que os meus;
Mas o amor dá divindade,
E eu sou o filho de Deus!
Jaime Zuzarte Cortesão (Ançã, Cantanhede, 29 de Abril de 1884 — Lisboa, 14 de Agosto de 1960)
2 comentários:
Que não nos falte a poesia, alimento de quem tem sede de (quase) tudo...
Bom ano de 2011, cheio de FUTURO!
FERNANDO
Há muito que não te visitava...
Chegou o solstício...passou o dia 24 e o 25 está a terminar; não me apeteceu fazer nenhum post sobre o Natal. Cada ano estou mais desgostosa com esta época do ano, por isso, estou no meu direito de não postar sobre...
No entanto, quero agradecer e retribuir os teus votos de Boas Festas.
Vou fazer sim, um post já sobre o fim do ano, ou seja, vários posts,uma retrospectiva sobre o ano 2010.
VOTOS DE FELIZ ANO 2011.
NATAL é tudo, alegria, tristeza, paz para alguns, harmonia, desarmonia para outros, dor...muita dor!!!
Momentos que rasgam a alma.
Fé...talvez.
Um conselho: Vive com garra, enquanto podes. Beijos meus.
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