Porque há um sentido
no lírio, incensar-se;
e no choupo, erguer-se;
e na urze arborescente,
ampliar-se;
e no cobre, primeira cura,
que dou à vinha,
procriar-se.
E outro, pressago,
sentido há na memória,
explodir-se.
E outro, imensurável,
no amor, entregar-se.
E outro, definitivo,
na morte, render-se.
in Poemas Portugueses - Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI, Selecção, organização, introdução e notas Jorge Reis-Sá e Rui Lage, Porto Editora
António Gabriel Maranca Osório de Castro (n. em Setúbal a 1 Ago 1933)
Ler do mesmo autor, neste blog:
Aqui em Siena
Prado e Cofre
1 comentário:
Querido Fernando; maravilhosamente belo! Ele descreve a vida como é, através de expressões, que compõe perfeitamente os versos.
Boa semana! Beijos
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