Comigo me desavim,
sou posto em todo perigo;
não posso viver comigo
nem posso fugir de mim.
Com dor, da gente fugia,
antes que esta assi crecesse:
agora já fugiria
de mim, se de mim pudesse.
Que meio espero ou que fim
de vão trabalho que sigo,
pois que trago a mim comigo
tamanho imigo de mim?
Francisco de Sá de Miranda n. em Coimbra a 28 de Agosto 1481 - m. em Amares a 15 de Março de 1558)
1 comentário:
Querido amigo; são perguntas que também me faço. Um belo poema!
Bom fim de semana! Beijos
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